terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Pense como um Freak - Livro


Confesso que se não conhecesse os dois livros anteriores dos autores ficaria céptico, mas tendo lido o seu trabalho fantástico estou ansioso por o ler. É aposta certa.




The Millionaire Fastlane - Conclusões finais.



O livro é na minha opinião muito ambicioso, mas simultaneamente muito realista e termina o último capitulo com um conjunto de linhas orientadoras e sobre as quais apresento um resumo não necessariamente pela ordem apresentada mas da forma que me pareceu mais coerente e pedagógica.

A prosperidade financeira é sobretudo o resultado de um processo activo, uma postura, uma atitude e não apenas mera obra do acaso. A soma de um conjunto de decisões, de crenças, escolhas, acções concretas e bons hábitos que formam todo um estilo de vida são o principal factor que vai ditar a nossa prosperidade financeira. 

Há que admitir que o conhecimento comum de enriquecer lentamente, os planos de poupanças, os fundos, o juro composto, a preparação da reforma e tudo o resto está dependente de pouca alavancagem e indexado a um espaço temporal demasiado alargado para se criar valor em tempo útil para se fazer pleno gozo do mesmo. 

Relembro aqui que o que autor defende existir uma forma, um método de enriquecer rápido, em não mais do que uma década e de que a sorte é apenas um produto residual do envolvimento e da iniciativa nesse mesmo processo. Há que corrigir os erros e as escolhas passadas, pois quem não o fizer está condenado a repeti-las e a viver na mediocridade para todo o sempre.

O principal activo que temos ou que devemos procurar é o tempo, a liberdade e não o dinheiro, e para conseguir esse fim temos de criar um negócio, temos de criar valor e o dinheiro é apenas o meio e não o fim. Mas até aqui nada de novo, o que é de novo é que não é qualquer tipo de negócio. 

Temos de criar uma empresa ou negócio (por exemplo uma S.A. ou outra) na qual possamos ter o controlo financeiro sobre a tributação e não menos importante saber o desfecho e responsabilidades da mesma em caso de insolvência ou outras dificuldades, ou partilhas em caso de múltiplos sócios (existem outros tipos de empresas além das S.A e com outra legislação que de momento ainda tenho de investigar).

A alavancagem é o caminho para acelerar a rentabilidade, e se necessário temos de tentar viver abaixo dos nosso meios com o fim de ter os recursos necessários para poder alavancar e criar mesmo o nosso negócio. 

É fundamental ter um plano, pois não ter um plano não é plano nenhum. Há que de início determinar qual o nosso primeiro número, qual o valor, qual o objectivo e trabalhar para esse fim com objectivos graduais, realistas e concretos.  A muralha da china começou com o primeiro tijolo, e uma maratona com o primeiro passo, por isso há que definir objectivos mensais, semestrais, anuais e por mais baixos que sejam de início temos de passar para o lado onde não existem despesas e se rentabiliza algum valor, o resto é caminho.

Torne o seu sonho a sua realidade, por exemplo se quer um Ferrari meta uma foto de um Ferrari no seu quarto ou escritório para ser constantemente relembrado do seu objectivo e de que se não se esforçar para o seu objectivo ninguém o fará por si; com isto faça das suas visões o seu futuro, materialize o seu futuro em coisas reais presentes. Defina o processo como um estilo de vida e não como um hobbie ou objectivo temporário.

É Crucial uma educação e formação constante, nunca parar de aprender, pois o que sabes agora não é será suficiente para o que precisas de saber amanhã. Temos de procurar aprender com os melhores e o caminho vai ser duro, pois neste caminho para a prosperidade começamos a aprender a partir do momento em que acabamos o curso ou o mestrado. Onde para outros é o fim de um ciclo de aprendizagem, aqui é só o começo e não vai ser nada fácil. 

Há que aproveitar todos os pequenos blocos de tempo (ver o outro post do mesmo livro) para continuar a aprender novas coisas, e aprender sobretudo coisas que criem valor e não perder o foco a aprender coisas apenas por mera curiosidade.

Não se preocupe se não conseguir de imediato decidir o que há de fazer ou o que escolher fazer como negócio e continue a treinar a sua mente para identificar constantemente necessidades do mercado e que problemas existem por resolver ou satisfazer. Não é necessário fazer nada de revolucionário, pois muitos dos melhores negócios existentes hoje em dia são baseados em produtos ou serviços que já existiam anteriormente… não vamos inventar a roda e eventualmente seguindo este percurso inúmeras ideias eventualmente irão acabar por chegar.

Temos de deixar de procurar ser consumistas, de ter tudo e procurar ter o que os outros necessitam, este é o caminho que muitas vezes nos ilude. Há que focar no que atrai dinheiro e na satisfação de necessidade e egoísmos dos outros, não nossas; temos de passar de consumidores a fornecedores.
Temos que procurar negócios em sectores ou com modelos chave de forma a podermos automatizar o processo, que possa ser replicado, não esteja indexado ao tempo de execução e podermos ter um crescimento em escala.


O autor identifica os seguintes modelos de negócio (no livro está a explicação concreta):

- Sistemas financeiros.
- Sistemas de aluguer
- Sistemas informáticos
- Sistemas de conteúdos
- Sistemas de distribuição.
- Sistemas de Recursos humanos.

Crie um negócio que afecte milhões e irá gerar milhões. Quando mais pessoas afectar num ambiente que por nós seja controlado, mais receita irá gerar. Satisfazer necessidade em grande escada é o caminho. O objectivo será crescer, criar uma marca e não apenas uma empresa, há que diferenciar e focar apenas num negócio, ter uma estratégia de saída e de liquidação dos activos aquando da consolidação do valor para então de futuro se poder viver dos activos passivos criados com a venda do negócio.

Durante todo o processo temos de nos recompensar e celebrar a cada meta e a cada objectivo concretizado. Aos 1000 euros vá jantar fora com os amigos, aos 10.000 vá de férias com a namorada, aos 100.000 compre algo de valor, ao primeiro 1.000.000 compre uma casa nova, etc. Imagine isto cada um com a sua própria escala e realidade. Mas o importante aqui é que as necessidades egoístas e emocionais de consumo seja satisfeitas aquando do alcança de metas pré-determinadas, isto para reforçar o estilo de vida próspero e de criação de valor.

Em suma, parece tudo bonito e sensato mas a verdade é que o livro é muito mais do que isto e está repleto de muito material concreto e a minha adulterada e sucinta conclusão não lhe faz qualquer justiça, pelo que a melhor recomendação que posso aqui deixar é para o lerem também. 

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

David and Goliath - Grande livro de Malcolm Gladwell





A frugalidade e a constituição de património


No outro dia ouvia um casal pobre a contar uma história de que tinham ido trabalhar para casa de um outro casal rico e que mesmo apesar de serem muito ricos não lhes tinham dado nada adicional além do pagamento previsto, e em suma disseram que os ricos eram uns sovinas e pouco generosos.

Todos os presentes concordaram e contaram outros exemplo, tudo isto a reforçarem cada vez mais ao grupo a ideia de que os ricos são avarentos, egoístas e tudo mais. O que os pobres fazem constantemente é reforçar as suas crenças pobres uns aos outros.

Sorri, mas não me pronunciei, eu teria normalmente concordado de imediato com o facto há uns tempos atrás e provavelmente adicionava mais desinformação há pobre conversa, mas depois de ter lido imensa coisa (que ainda estou a digerir) sobre a constituição de riqueza começo a vislumbrar coisas de uma outra perspectiva. 

Para dizer a verdade, nesse momento não só me senti triste, mas senti também que estava no bom caminho ao não me fazer qualquer sentido as criticas lançadas a terceiros. Era mesmo conversa de pobre, pensei eu...

Inúmeras são as histórias de gente rica que vive de uma forma frugal, em que toma todas as decisões financeiras com extrema cautela e que nada desperdiçam ou esbanjam 1 cêntimo. Viver de forma frugal é tentar fazer contenção financeira e pensar a longo prazo. Um euro hoje pode vir a ser 10 euros amanhã.

Com isto não quero dizer que todos os ricos sejam pessoas pouco generosas ou avarentas, muito pelo contrário, mas sim identifiquei ser esse um dos traços de alguns deles. Por vezes levado ao extremo os seus hábitos prudentes de consumo contribuíram algum valor para o todo.

Quando faço contas há vida penso nos milhares de euros gastos insensatamente em coisas que não só não acrescentam qualquer valor, como são simultaneamente bens perecíveis e de gratificação imediata. 

Dando um exemplo muito prático do meu raciocínio, um outro dia eu e a minha namorada andávamos a ver uma prenda para um recém nascido de um casal amigo nosso, ao que foi sugerido prontamente uma roupa. 

Pensei um pouco e contestei a opção com o argumento de que a roupa vai ser usada por um período de tempo mesmo muito curto (por ser bebé) e por mais bonita ou emocional que seja a compra, o preço da mesma face há utilização útil que vai ser dada é um absurdo. 

Face a isso sugeri comprar um cobertor ou mantinha de luxo, de qualidade, pois recordo-me de eu próprio usar uma dessas mantinhas quentinhas ainda até ser quase um adulto. Isto sim é uma compra não perecível ao tempo ou pelos menos com um tempo de vida bastante alargado. Mesmo tendo gasto mais algum dinheiro estou ainda hoje convicto de que foi uma boa compra.



A questão por vezes não está no valor que se está a gastar, mas sim perceber se a mesma tem alguma utilidade justificável ou se atravesso um espaço temporal alargado o suficiente para ter valor. Como utilidade justificável remeto para tudo o que não constituirá património no futuro, mas a sua aquisição cumpre uma função ou satisfaz uma necessidade concreta mesmo que seja de pouca duração.

Outro exemplo prático é o caso do perfume Vs Joias, que de momento e na minha opinião o perfume não é uma compra desastrosa se for de marca branca, mas a verdade é que pouco tempo a leva, enquanto por exemplo uma joia mesmo que mais cara pode mesmo atravessar gerações e ganhar valor com o tempo... A isto chamo constituir património, e se tentar pensar que património tenho chegado a algumas tristes conclusões como é o facto de que muita coisa de que comprei foi apenas coisa do momento, está obsoleto, danificado, desapareceu ou foi mesmo para o lixo. 

Como li num livro, o pobre alega que merece a recompensa, que trabalhou e por isso deve gozar a vida, a sua gratificação imediata é o motivo pelo qual não acrescenta valor a si mesmo, etc. 

Eu acredito sim que devemos gozar bem a vida, fazer uso de tudo de bom que ela tem, mas que no meio de tudo o que nos rodeia pelo mesmo que em alguns temas tenhamos a lucidez para resistir a algumas tentações consumistas e pensar no quanto irá valer no futuro aquilo que vamos comprar no agora.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

The Millionaire Fastlane - Continuação...



Não conclui ainda a leitura do “The Millionaire Fastlane “, mas fiz alguns progressos e aprendi mais algumas coisas de valor.

O valor que existe no livro pode ter um maior significado para mim diferente do que seria para qualquer outro, é a minha interpretação condicionada pela minha realidade e seguem umas ideias presentes.

No livro o juro composto é quase um desabar do que tinha vindo a acreditar e a embora efectivamente a ideia seja boa, o método funciona, mas aqui apenas e só para grandes somas de dinheiro, ou apenas depois de muitos anos, pelo que não é o caminho para a riqueza e prosperidade milionária. 

O Juro composto funciona bem apenas passados alguns anos quando já ganhou tracção, ou se os montantes são elevados, caso contrário não passamos da mediocridade.

É critico termos nós controlo das nossas próprias finanças, e em especial sobre a forma como a mesma é taxada, daí ser crucial a criação de uma empresa SA, por forma a podermos taxar apenas após os gastos.

A alavancagem necessária para criar não só valor, mas sim riqueza só consegue alcançada por um negócio de não dependa das nossas limitações normais de recursos e sobretudo que não esteja indexada ao nosso precioso tempo diário de apenas 24 horas.

Os negócios que ganham milhões são negócios de milhões, são negócios que afetam a vida de milhões de pessoas, ou que tenham escala. Aqui “alavancagem” e “escala” são palavras-chave para a tentativa de empreendimento… tema este a explorar futuramente num post dedicado.
 Um outro ponto, que me faz sentido é que uma parte da nossa riqueza ou falta dela é causada por milhares de pequenas opções que tomamos e comportamentos económicos que fomos fazendo ao longo da vida. Hoje compro isto, amanhã aquilo, depois é deste, depois é doutro, e assim sucessivamente… Todas estas pequenas decisões (algumas más) somadas ao longo de muitos anos podem fazer alguma diferença.




O contexto de amigos, colegas e mesmo da sociedade e cultura condicionam as nossas crenças em relação ao dinheiro, ao que é possível fazer para criar valor, ao que é convencional, a norma, pelo que nos juntarmos aos melhores é crítico para o sucesso.

Outro ponto que acho um dos mais importantes e pelo menos um dos quais estou particularmente interessado em investir é na minha educação (Financeira e não só). A educação não acaba quando terminamos “finalmente” a universidade, temos de continuamente procurar aprender coisas novas, aprender novas competências, pois se não nos formos atualizando constantemente não vamos estar tão capacitados a identificar uma oportunidade ou ter uma ideia inovadora. Tem de existir um constante compromisso incondicional e sem desculpas. Vai ser duro o caminho, vai ser necessário muita disciplina.

O autor faz a questão: Porque não crias uma empresa? “Não sei”, responde a maioria.
Porque não aprendeste a fazer? “Não tenho tempo” respondemos novamente.
Estas são as mais comuns desculpas com as mais “fáceis e económicas” soluções. Temos atualmente todo um mundo de informação constantemente há nossa disposição, seja no PC, na palma da mão, e mesmo sem a internet, teríamos sempre livros, novos, usados, emprestados, bibliotecas públicas e privadas, clubes, etc.
O livro é o melhor investimento de sempre, por valores de 10 a 20 euros a quantidade de conhecimento que podemos obter no imediato é tremendo e a longo prazo incalculável. Não existem actualmente desculpas para não se aprender qualquer competência, ou mesmo conhecimentos básicos (skills não físicas) se nos empenharmos para tal.

Sobre o tempo, devemos fazer uso eficiente dele, ou seja, por exemplo no tempo perdido no trânsito podemos estar a ouvir audiobooks, no ginásio ou correr podemos ir igualmente a ouvir informação, sejam podcasts, audiobooks, notícias, palestras, tutoriais, etc.

Isto não fica por aqui, já ando a aproveitar também melhor o tempo a auvir o audiobook em vez de fazer a leitura em páginas impressas…

O que quero é o objecto livro ou a informação contida nele? Adeus aversão, adeus norma, mas assim é mais rápido e tempo é dinheiro.