terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Pense como um Freak - Livro


Confesso que se não conhecesse os dois livros anteriores dos autores ficaria céptico, mas tendo lido o seu trabalho fantástico estou ansioso por o ler. É aposta certa.




The Millionaire Fastlane - Conclusões finais.



O livro é na minha opinião muito ambicioso, mas simultaneamente muito realista e termina o último capitulo com um conjunto de linhas orientadoras e sobre as quais apresento um resumo não necessariamente pela ordem apresentada mas da forma que me pareceu mais coerente e pedagógica.

A prosperidade financeira é sobretudo o resultado de um processo activo, uma postura, uma atitude e não apenas mera obra do acaso. A soma de um conjunto de decisões, de crenças, escolhas, acções concretas e bons hábitos que formam todo um estilo de vida são o principal factor que vai ditar a nossa prosperidade financeira. 

Há que admitir que o conhecimento comum de enriquecer lentamente, os planos de poupanças, os fundos, o juro composto, a preparação da reforma e tudo o resto está dependente de pouca alavancagem e indexado a um espaço temporal demasiado alargado para se criar valor em tempo útil para se fazer pleno gozo do mesmo. 

Relembro aqui que o que autor defende existir uma forma, um método de enriquecer rápido, em não mais do que uma década e de que a sorte é apenas um produto residual do envolvimento e da iniciativa nesse mesmo processo. Há que corrigir os erros e as escolhas passadas, pois quem não o fizer está condenado a repeti-las e a viver na mediocridade para todo o sempre.

O principal activo que temos ou que devemos procurar é o tempo, a liberdade e não o dinheiro, e para conseguir esse fim temos de criar um negócio, temos de criar valor e o dinheiro é apenas o meio e não o fim. Mas até aqui nada de novo, o que é de novo é que não é qualquer tipo de negócio. 

Temos de criar uma empresa ou negócio (por exemplo uma S.A. ou outra) na qual possamos ter o controlo financeiro sobre a tributação e não menos importante saber o desfecho e responsabilidades da mesma em caso de insolvência ou outras dificuldades, ou partilhas em caso de múltiplos sócios (existem outros tipos de empresas além das S.A e com outra legislação que de momento ainda tenho de investigar).

A alavancagem é o caminho para acelerar a rentabilidade, e se necessário temos de tentar viver abaixo dos nosso meios com o fim de ter os recursos necessários para poder alavancar e criar mesmo o nosso negócio. 

É fundamental ter um plano, pois não ter um plano não é plano nenhum. Há que de início determinar qual o nosso primeiro número, qual o valor, qual o objectivo e trabalhar para esse fim com objectivos graduais, realistas e concretos.  A muralha da china começou com o primeiro tijolo, e uma maratona com o primeiro passo, por isso há que definir objectivos mensais, semestrais, anuais e por mais baixos que sejam de início temos de passar para o lado onde não existem despesas e se rentabiliza algum valor, o resto é caminho.

Torne o seu sonho a sua realidade, por exemplo se quer um Ferrari meta uma foto de um Ferrari no seu quarto ou escritório para ser constantemente relembrado do seu objectivo e de que se não se esforçar para o seu objectivo ninguém o fará por si; com isto faça das suas visões o seu futuro, materialize o seu futuro em coisas reais presentes. Defina o processo como um estilo de vida e não como um hobbie ou objectivo temporário.

É Crucial uma educação e formação constante, nunca parar de aprender, pois o que sabes agora não é será suficiente para o que precisas de saber amanhã. Temos de procurar aprender com os melhores e o caminho vai ser duro, pois neste caminho para a prosperidade começamos a aprender a partir do momento em que acabamos o curso ou o mestrado. Onde para outros é o fim de um ciclo de aprendizagem, aqui é só o começo e não vai ser nada fácil. 

Há que aproveitar todos os pequenos blocos de tempo (ver o outro post do mesmo livro) para continuar a aprender novas coisas, e aprender sobretudo coisas que criem valor e não perder o foco a aprender coisas apenas por mera curiosidade.

Não se preocupe se não conseguir de imediato decidir o que há de fazer ou o que escolher fazer como negócio e continue a treinar a sua mente para identificar constantemente necessidades do mercado e que problemas existem por resolver ou satisfazer. Não é necessário fazer nada de revolucionário, pois muitos dos melhores negócios existentes hoje em dia são baseados em produtos ou serviços que já existiam anteriormente… não vamos inventar a roda e eventualmente seguindo este percurso inúmeras ideias eventualmente irão acabar por chegar.

Temos de deixar de procurar ser consumistas, de ter tudo e procurar ter o que os outros necessitam, este é o caminho que muitas vezes nos ilude. Há que focar no que atrai dinheiro e na satisfação de necessidade e egoísmos dos outros, não nossas; temos de passar de consumidores a fornecedores.
Temos que procurar negócios em sectores ou com modelos chave de forma a podermos automatizar o processo, que possa ser replicado, não esteja indexado ao tempo de execução e podermos ter um crescimento em escala.


O autor identifica os seguintes modelos de negócio (no livro está a explicação concreta):

- Sistemas financeiros.
- Sistemas de aluguer
- Sistemas informáticos
- Sistemas de conteúdos
- Sistemas de distribuição.
- Sistemas de Recursos humanos.

Crie um negócio que afecte milhões e irá gerar milhões. Quando mais pessoas afectar num ambiente que por nós seja controlado, mais receita irá gerar. Satisfazer necessidade em grande escada é o caminho. O objectivo será crescer, criar uma marca e não apenas uma empresa, há que diferenciar e focar apenas num negócio, ter uma estratégia de saída e de liquidação dos activos aquando da consolidação do valor para então de futuro se poder viver dos activos passivos criados com a venda do negócio.

Durante todo o processo temos de nos recompensar e celebrar a cada meta e a cada objectivo concretizado. Aos 1000 euros vá jantar fora com os amigos, aos 10.000 vá de férias com a namorada, aos 100.000 compre algo de valor, ao primeiro 1.000.000 compre uma casa nova, etc. Imagine isto cada um com a sua própria escala e realidade. Mas o importante aqui é que as necessidades egoístas e emocionais de consumo seja satisfeitas aquando do alcança de metas pré-determinadas, isto para reforçar o estilo de vida próspero e de criação de valor.

Em suma, parece tudo bonito e sensato mas a verdade é que o livro é muito mais do que isto e está repleto de muito material concreto e a minha adulterada e sucinta conclusão não lhe faz qualquer justiça, pelo que a melhor recomendação que posso aqui deixar é para o lerem também. 

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

David and Goliath - Grande livro de Malcolm Gladwell





A frugalidade e a constituição de património


No outro dia ouvia um casal pobre a contar uma história de que tinham ido trabalhar para casa de um outro casal rico e que mesmo apesar de serem muito ricos não lhes tinham dado nada adicional além do pagamento previsto, e em suma disseram que os ricos eram uns sovinas e pouco generosos.

Todos os presentes concordaram e contaram outros exemplo, tudo isto a reforçarem cada vez mais ao grupo a ideia de que os ricos são avarentos, egoístas e tudo mais. O que os pobres fazem constantemente é reforçar as suas crenças pobres uns aos outros.

Sorri, mas não me pronunciei, eu teria normalmente concordado de imediato com o facto há uns tempos atrás e provavelmente adicionava mais desinformação há pobre conversa, mas depois de ter lido imensa coisa (que ainda estou a digerir) sobre a constituição de riqueza começo a vislumbrar coisas de uma outra perspectiva. 

Para dizer a verdade, nesse momento não só me senti triste, mas senti também que estava no bom caminho ao não me fazer qualquer sentido as criticas lançadas a terceiros. Era mesmo conversa de pobre, pensei eu...

Inúmeras são as histórias de gente rica que vive de uma forma frugal, em que toma todas as decisões financeiras com extrema cautela e que nada desperdiçam ou esbanjam 1 cêntimo. Viver de forma frugal é tentar fazer contenção financeira e pensar a longo prazo. Um euro hoje pode vir a ser 10 euros amanhã.

Com isto não quero dizer que todos os ricos sejam pessoas pouco generosas ou avarentas, muito pelo contrário, mas sim identifiquei ser esse um dos traços de alguns deles. Por vezes levado ao extremo os seus hábitos prudentes de consumo contribuíram algum valor para o todo.

Quando faço contas há vida penso nos milhares de euros gastos insensatamente em coisas que não só não acrescentam qualquer valor, como são simultaneamente bens perecíveis e de gratificação imediata. 

Dando um exemplo muito prático do meu raciocínio, um outro dia eu e a minha namorada andávamos a ver uma prenda para um recém nascido de um casal amigo nosso, ao que foi sugerido prontamente uma roupa. 

Pensei um pouco e contestei a opção com o argumento de que a roupa vai ser usada por um período de tempo mesmo muito curto (por ser bebé) e por mais bonita ou emocional que seja a compra, o preço da mesma face há utilização útil que vai ser dada é um absurdo. 

Face a isso sugeri comprar um cobertor ou mantinha de luxo, de qualidade, pois recordo-me de eu próprio usar uma dessas mantinhas quentinhas ainda até ser quase um adulto. Isto sim é uma compra não perecível ao tempo ou pelos menos com um tempo de vida bastante alargado. Mesmo tendo gasto mais algum dinheiro estou ainda hoje convicto de que foi uma boa compra.



A questão por vezes não está no valor que se está a gastar, mas sim perceber se a mesma tem alguma utilidade justificável ou se atravesso um espaço temporal alargado o suficiente para ter valor. Como utilidade justificável remeto para tudo o que não constituirá património no futuro, mas a sua aquisição cumpre uma função ou satisfaz uma necessidade concreta mesmo que seja de pouca duração.

Outro exemplo prático é o caso do perfume Vs Joias, que de momento e na minha opinião o perfume não é uma compra desastrosa se for de marca branca, mas a verdade é que pouco tempo a leva, enquanto por exemplo uma joia mesmo que mais cara pode mesmo atravessar gerações e ganhar valor com o tempo... A isto chamo constituir património, e se tentar pensar que património tenho chegado a algumas tristes conclusões como é o facto de que muita coisa de que comprei foi apenas coisa do momento, está obsoleto, danificado, desapareceu ou foi mesmo para o lixo. 

Como li num livro, o pobre alega que merece a recompensa, que trabalhou e por isso deve gozar a vida, a sua gratificação imediata é o motivo pelo qual não acrescenta valor a si mesmo, etc. 

Eu acredito sim que devemos gozar bem a vida, fazer uso de tudo de bom que ela tem, mas que no meio de tudo o que nos rodeia pelo mesmo que em alguns temas tenhamos a lucidez para resistir a algumas tentações consumistas e pensar no quanto irá valer no futuro aquilo que vamos comprar no agora.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

The Millionaire Fastlane - Continuação...



Não conclui ainda a leitura do “The Millionaire Fastlane “, mas fiz alguns progressos e aprendi mais algumas coisas de valor.

O valor que existe no livro pode ter um maior significado para mim diferente do que seria para qualquer outro, é a minha interpretação condicionada pela minha realidade e seguem umas ideias presentes.

No livro o juro composto é quase um desabar do que tinha vindo a acreditar e a embora efectivamente a ideia seja boa, o método funciona, mas aqui apenas e só para grandes somas de dinheiro, ou apenas depois de muitos anos, pelo que não é o caminho para a riqueza e prosperidade milionária. 

O Juro composto funciona bem apenas passados alguns anos quando já ganhou tracção, ou se os montantes são elevados, caso contrário não passamos da mediocridade.

É critico termos nós controlo das nossas próprias finanças, e em especial sobre a forma como a mesma é taxada, daí ser crucial a criação de uma empresa SA, por forma a podermos taxar apenas após os gastos.

A alavancagem necessária para criar não só valor, mas sim riqueza só consegue alcançada por um negócio de não dependa das nossas limitações normais de recursos e sobretudo que não esteja indexada ao nosso precioso tempo diário de apenas 24 horas.

Os negócios que ganham milhões são negócios de milhões, são negócios que afetam a vida de milhões de pessoas, ou que tenham escala. Aqui “alavancagem” e “escala” são palavras-chave para a tentativa de empreendimento… tema este a explorar futuramente num post dedicado.
 Um outro ponto, que me faz sentido é que uma parte da nossa riqueza ou falta dela é causada por milhares de pequenas opções que tomamos e comportamentos económicos que fomos fazendo ao longo da vida. Hoje compro isto, amanhã aquilo, depois é deste, depois é doutro, e assim sucessivamente… Todas estas pequenas decisões (algumas más) somadas ao longo de muitos anos podem fazer alguma diferença.




O contexto de amigos, colegas e mesmo da sociedade e cultura condicionam as nossas crenças em relação ao dinheiro, ao que é possível fazer para criar valor, ao que é convencional, a norma, pelo que nos juntarmos aos melhores é crítico para o sucesso.

Outro ponto que acho um dos mais importantes e pelo menos um dos quais estou particularmente interessado em investir é na minha educação (Financeira e não só). A educação não acaba quando terminamos “finalmente” a universidade, temos de continuamente procurar aprender coisas novas, aprender novas competências, pois se não nos formos atualizando constantemente não vamos estar tão capacitados a identificar uma oportunidade ou ter uma ideia inovadora. Tem de existir um constante compromisso incondicional e sem desculpas. Vai ser duro o caminho, vai ser necessário muita disciplina.

O autor faz a questão: Porque não crias uma empresa? “Não sei”, responde a maioria.
Porque não aprendeste a fazer? “Não tenho tempo” respondemos novamente.
Estas são as mais comuns desculpas com as mais “fáceis e económicas” soluções. Temos atualmente todo um mundo de informação constantemente há nossa disposição, seja no PC, na palma da mão, e mesmo sem a internet, teríamos sempre livros, novos, usados, emprestados, bibliotecas públicas e privadas, clubes, etc.
O livro é o melhor investimento de sempre, por valores de 10 a 20 euros a quantidade de conhecimento que podemos obter no imediato é tremendo e a longo prazo incalculável. Não existem actualmente desculpas para não se aprender qualquer competência, ou mesmo conhecimentos básicos (skills não físicas) se nos empenharmos para tal.

Sobre o tempo, devemos fazer uso eficiente dele, ou seja, por exemplo no tempo perdido no trânsito podemos estar a ouvir audiobooks, no ginásio ou correr podemos ir igualmente a ouvir informação, sejam podcasts, audiobooks, notícias, palestras, tutoriais, etc.

Isto não fica por aqui, já ando a aproveitar também melhor o tempo a auvir o audiobook em vez de fazer a leitura em páginas impressas…

O que quero é o objecto livro ou a informação contida nele? Adeus aversão, adeus norma, mas assim é mais rápido e tempo é dinheiro.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Como funciona a economia - Invista 30 minutos

No outro dia tropecei neste video e fiquei surpreendido, pois apreendi mais nesta meia hora que investi a ver a o video, do que aprendi num ano inteiro em economia.



Para além de explicar com funciona a macro-economia, dá exemplos concretos de eventos reais da economia mundial e sugestões de como lidar com os mesmos.


Não só acho que é importante para o cidadão comum, mas sobretudo para os nossos lideres políticos.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O efeito Marshmallow


A experiencia marshmallow foi um conjunto de estudos sobre a gratificação retardada ou adiada que ocorreram nos anos 60/70 pelo psicólogo Walter Mischel, professor de Stanford.

O objetivo do estudo era simples, e consistia em perceber quando é que a capacidade de controlo e de se aguardar pela gratificação se desenvolvia nas crianças.

Na prática o estudo consistia em oferecer a uma criança a escolha entre comer uma pequena porção de marshmallow (ou outro doçe) imediatamente, ou aguardar por uma recompensa muito maior caso esperasse por aproximadamente 15 minutos. Durante esses 15 minutos o colaborador abandonava a sala e a criança era filmada sem saber.




Algumas crianças lutavam intensamente contra a sua vontade de consumir e desejo de satisfação imediata, umas esperneavam, contorciam-se, tentavam não olhar para os doces, faziam tudo o possível para evitar. Mas a verdade é que muitas crianças sucumbiam e não resistiam á tentação e comiam o marshmellow e não aguardavam por uma gratificação maior.

Participaram cerca de 600 crianças e uma pequena minoria comeu logo os marshmallows, mas um terço das crianças conseguiram aguardar a gratificação o suficiente para terem direito a recebem mais marshmallows.

As mesmas crianças do teste, anos mais tarde já pessoas adultas foram de novo acompanhadas para se ver como estavam e ficou evidente que existia uma correlação entre a capacidade de adiar a gratificação imediata e o seu sucesso.


Naqueles indivíduos que em criança tiveram a capacidade de “pensar a longo prazo” e aguardaram 15 minutos pela recompensa maior foi verificada uma tendência para se saírem melhor na vida, tiveram melhores notas ao longo da vida académica, eram mais competentes, e não surpreendentemente tinham um maior sucesso professional.

É bom pensar a longo prazo...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

The Millionaire Fastlane – Primeiras impressões

Já comecei a ler o livro “The Millionaire Fastlane” e até ao momento estou a gostar imenso, é sólido, cativante, intenso...

Parece-me ser um livro muito lucido, sem falsas promessas de enriquecimento fácil e com o qual vamos certamente pensar de uma outra perspectiva sobre o trabalho, sobre o dinheiro e sobre tudo o que pensávamos fazer bem.

Muitas das nossas acções e comportamentos financeiros, sejam eles de poupança, de consumo e mesmo os comportamentos profissionais vão ser todos postos em causa e existe mesmo certos momentos em que sentimos que fizemos mesmo muita coisa mal…. Mas o caminho é para a frente e o que conta é aprender e conhecer mais!

O autor constrói a sua narrativa com base na sua própria história autobiográfica e com um modelo de pensamento de 3 tipos diferentes de caminhos, ou estradas para a prosperidade. 

Ele divide e rotula com estereótipos os 3 caminhos, sendo eles o Passeio (The Sidewalk), a estrada lenta (The Slowlane) e a vi rápida (The Fastlane). A cada uma destas estradas está associado um conjunto de crenças, predisposições e atitudes em relação ao dinheiro, e associada a elas a causa da sua próprio miséria ou da sua prosperidade.

Há uma correlação directa entre como pensamos e agimos e quanta riqueza geramos.



Passo a citar como exemplo o comportamento típico de um Sidewalker (aquele que vai pelo passeio e não vai chegar a lado nenhum)

“O Destino financeiro de um Sidewalker não existe. O plano é não ter plano nenhum. Dinheiro e excedentes são imediatamente gastos no próximo grande gadget , na próxima viagem, no próximo carro mais novo, em novos estilos de moda , ou a próxima tendência. O Sidewalker é descuidado e fica eternamente preso a um "estilo de vida de Servidão" alimentado por uma necessidade urgente, insaciável por prazer, de imagem perante os outros e de gratificação instantânea e imediata. Estes comportamentos perpetuam um ciclo e uma bola de neve que gira cada vez mais rapidamente a cada mês que passa, aumentando a velocidade do peso a carregar e do fardo, para sempre o escravizar no seu trabalho ou o seu negócio.”


As ideias inteligentes e convencionais de criar valor, como o juro composto, o poupar 10% do ordenado, os investimentos de acções e obrigações, etc  são todos enviados por água abaixo como forma de alcançar a riqueza.

O livro pode gerar uma grande divisão entre os leitores, pois poe em causa a existência convencional da sociedade ocidental e o seu comportamento perante o dinheiro, mas sem duvida o livro traz muito valor para cima da mesa...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O inicio do meu gosto da leitura em 10 Livros – Parte I

Desde que me lembro ser gente que gosto de ler, algo que foi sobretudo fomentado pela minha mãe. Mas nem sempre li a mesma coisa e confesso que durante muito tempo andei apenas pelos caminhos da Disney e pouco mais. Tudo tinha de ter bonecos, colorido e divertido.

Conforme fui crescendo continuei a ler, mas tinha ainda de ter bonecos, nem que fosse imagens do espaço, da natureza, do homem e seus feitos. Livros só com letras? Nem pensar, quem é que tinha paciência para isso?

Já na escola secundária onde tinha a disciplina de Português A em Humanidades foram leccionadas várias obras portuguesas a quais devo ainda o meu tempo e a minha leitura, pois o melhor que fiz foi ler umas meras páginas de um resumo do Frei Luís de Sousa das publicações Europa América.

Quando aterrei na universidade já tinha lido qualquer coisa mas ainda pouco com letras, mas longe de me considerar um leitor. Mas tudo foi gradualmente mudando e conheci novas pessoas, fiz novos amigos, conheci coisas novas, abri e fechei relações, e timidamente fui dando alguns passos.

Na Universidade tive um choque de vocabulário, pois não conseguia perceber o significado de metade das palavras dos textos arcanos e eruditos que me passavam pela frente, mas a pouco e pouco foi agarrando os temas e ler era não só uma obrigação mas também uma boa rotina. 




O meu colega e grande amigo Vasco, fez a introdução a “A insustentável Leveza Do Ser” de Milan Kundera, sobre os dilemas do amor para com duas mulheres, e como andava em novas descobertas passionais no momento fez todo o sentido o que li e abriu todo um novo caminho para leitura.





“Uma espia na casa do amor” de Anais Nin foi o marco seguinte, desta vez apresentado pelo meu amigo Artur, mantendo a mesma corrente passional, mas desta vez precisamente o inverso de Kundera. Agora era uma mulher com o dilema dos dois machos e o prazer dos “banhos de lua”. 


Mais tarde não sei bem como nem porquê, mas li o “Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley, uma metáfora a um sociedade controlada e manipulada por um regime superior e opressor. O tema de big brother, os arquétipos da sociedade controlada num matrix, a fase do despertar de consciências e de afirmação.




Como um despertar consciência não era suficiente o “O Pão dos Deuses” de Terence McKenna foi a próxima leitura, uma viagem alucinante sobre as substancias psicotrópicas ancestrais, os rituais xamânicos, o expandir os horizontes da consciência e perceber que isso está enraizado em nós desde a génese e disso dependemos no passado para a evolução da língua.








“Os Clones Humanos” da cientista portuguesa, Clara Pinto Correia entraram aqui no seguimento da experiência da Ovelha Dolly e do meu sempre e cada vez mais presente gosto pela ciência e pelo conhecimento.







Continua…

Pai Rico, Pai Pobre

Já tinha lido o "Pai Rico, Pai Pobre" há alguns anos e foi sem duvida um livro de que gostei imenso, a história pessoal de Kiyosaki era não só interessante, como trazia muita coisa boa para cima da mesa.

Kiyosaky fala muito da importância dos comportamentos e dos ensinamentos que são passados por uma família rica em contraste com os das famílias pobres, e explica com exemplos claros e inspiradores (pelo menos para mim) que essa diferença de atitude, comportamentos podem fazer toda a diferença na constituição de riqueza.

 Um dos exemplos de que me recordo bem e de que gostei muito é quando uma criança ou alguém quer comprar alguma coisa muito cara e o pai pobre diz logo que é impossível. Contudo o pai rico sem acabar com esperança responde em forma de aquisitiva; "Temos de ver o que é que temos de fazer para conseguir comprar isso". Para mim isto faz toda a diferença.



O livro faz um esclarecimento sobre o que são activos (assets) e passivos (liabilities), que resumidamente e pela próprias palavras: Um Activo é tudo aquilo que te põem dinheiro no bolso, e passivo é tudo aquilo que te faz perder dinheiro.

A inteligência e literacia financeira é também um tema central do livro, no qual é reforçado muito a importância e o papel da literacia financeira e de que forma a mesma desempenha um papel crucial ao longo de toda a nossa vida, como desse conhecimento tomamos decisões informadas e com o objectivo de construir valor.

O conceito principal para constituir riqueza assenta em conseguirmos ter um fluxo de caixa "cash flow" positivo onde entra mais dinheiro do que o que sai, e isso pode ser conseguido sobretudo investindo e empreendendo um negócio. É óbvio, penso eu e pensam também vocês, mas como em qualquer história, o contexto da mesma da mais valor aos ensinamentos.

Temos de saber meter o dinheiro a trabalhar para nós e não o contrário, nós trabalharmos pelo dinheiro, este é o objectivo.

Na minha opinião o maior contributo do Kiyosaky é a acessibilidade com que ele leva conhecimento financeiro para as massas e isso fê-lo de forma eficiente, despretensiosa e generosa. E continua a fazê-lo diariamente com muitos outros livros, jogos, apps, rádio e com inúmeras palestras, tudo em prol de uma maior literacia financeira e informação que permita o cidadão comum começar a tomar as suas melhores decisões financeiras.

Em suma, o livro embora não seja recente continua a apresentar muito valor àquele que investir na sua leitura, e valem muito mais do que qualquer valor que paguem por ele. 

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

O Homem Mais Rico da Babilónia - Conclusões

Já terminei o livro e como já referido nas primeiras impressões, fiquei positivamente surpreendido com estes contos de outros tempos, pois contém verdades e orientações completamente atuais. Agora compreendo porque é que o livro continua a inspirar muitos ainda hoje.

Do livro é possível tirar inúmeras conclusões e interpretações adaptadas á realidade atual, segue a forma como eu o interpretei e excluindo aqui e ali alguma redundância e divagação desnecessária que existe para colar a narrativa, listo meio em forma de texto continuo o sumo que espremi do mesmo.




Poupar sempre 10% de tudo aquilo que se ganhar mensalmente, sem desculpas e disciplinadamente. Se de inicio poderá parecer complicado, passado pouco tempo nem se nota. Li na Internet um exemplo que me pareceu com algum fundo de verdade: E se amanhã o teu patrão te disser que te vai reduzir em 10% o teu ordenado, vais te despedir? Vai ser o fim do mundo?

Controlar as despesas de forma a não viver acima das possibilidades, para permitir acumular os 10% (ou mais) todos os meses. O caminho é acumular algum património de forma a poder não ser ter um fundo de emergência, como ter algum dinheiro que possa trabalhar um pouco para nós.

Investir o capital acumulado de forma a criar mais valor, nem que seja apenas em depósitos a fazer uso do Juro Composto. Na realidade com as taxas de juro atuais que não são nada atractivas por vezes mal se consegue combater a inflação.

Investir apenas em áreas e negócios onde estejamos confortáveis, com conhecimentos ou com pessoas com experiência comprovada na área.

Continuar a adquirir conhecimentos e experiência para aumentar o nosso potencial e a nossa capacidade de gerar receita.

Sobre a oportunidade e a sorte, é estar atento a oportunidades e não as desperdiçar, pois parte daquilo a que chamamos de sorte é um cruzamento entre a oportunidade surgida e o trabalho de preparação que demorou por vezes anos a construir.


É comum dizer que a sorte favorece os audaciosos, e como interpreto a expressão não é de forma metafisica ou meramente arbitrária, mas sim de que existe um conjunto de circunstancias favoráveis que  só podemos tirar partido das mesmas se as conseguirmos aproveitar e em muitos casos ter a coragem para avançar.

É sem duvida um livro que recomendaria ler ou ouvir (em Audiobook), pois por mais que possa alguém escrever e resumir as leis do Ouro, as regras para engordar uma carteira, como sair da divida ou os mandamentos escritos em argila, o contexto em que o ensinamento nos chega é muito mais rico e valioso para a sua compreensão.

Nota positiva e permanece um clássico!!!

domingo, 4 de janeiro de 2015

Como funciona a bolsa?

Era Outono, e a tribo dos índios Vermelhos na sua remota reserva perguntaram ao seu novo Chefe Índio se o inverno ia ser frio ou moderado. Desde que ele era um chefe dos índios Vermelhos numa sociedade moderna, ele não sabia prever como o tempo ia ser. 

No entanto, para estar seguro, ele disse à sua tribo que o inverno ia de fato ser frio e que os membros da aldeia deviam ir apanhar lenha e estarem preparados.

Mas sendo também ser um líder muito prático, depois de vários dias, ele teve uma ideia. Ele foi até a cabine de telefone, ligou para o serviço meteorológico e perguntou: "E o próximo inverno vai ser frio? "

"Parece que este inverno vai ser muito frio, de fato " respondeu o meteorologista.

Assim, o Chefe voltou para o seu povo e disse-lhes para irem apanhar ainda mais lenha.

Uma semana depois, ele ligou novamente para o serviço nacional de meteorologia. " Será que vai ser um inverno muito frio? "

"Sim", o homem no serviço de Meteorologia respondeu novamente: "Definitivamente vai ser um inverno muito frio. "



O Chefe da tribo voltou de novo para o seu povo e ordenou-lhes que recolhessem todos os pedaços de madeira que poderiam encontrar.

Duas semanas mais tarde, ele ligou novamente para o serviço nacional de Meteorologia. " Você tem certeza absoluta de que este inverno vai ser muito frio? "

"Absolutamente ", respondeu o homem. " Vai ser um dos Invernos mais frios de sempre. "

"Como é que pode ter tanta certeza? " Perguntou o chefe da tribo.

O meteorologista respondeu: " Os índios Vermelhos estão a apanhar lenha como loucos. "

É assim que funciona o mercado de ações!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

O milagre do Juro Composto


O Juro Composto é quando os juros de um depósito periódico são adicionados ao capital investido inicialmente, que por sua vez vai novamente ficar a render juros no próximo período de reforço do depósito, ou seja, o capital investido a cada ciclo vai aumentando de valor pela soma do reforço actual mais a taxa de juros obtida pelo reforço do anterior.

Segue um exemplo de um depósito de 1000 euros por ano, por um período de 10 anos, em que a taxa de juro seja 2%.



No segundo fica a render os 1000 iniciais + lucro obtido + 1000 de reforço.
No terceiro ano fica a render 2020 + lucro obtido + 1000 de reforço e assim sucessivamente.

Desta forma, num depósito com juro composto são obtidos juros sobre juros e um capital crescente ao longo do tempo. Enquanto o juro simples cresce proporcionalmente com o tempo, o juro composto cresce mais do que proporcionalmente com o tempo.

Ao contrário do juro simples em que o juro obtido pela aplicação dos 1000 euros de depósito por ano iria render sempre apenas 1020 euros a cada ano, o juro composto é claramente mais eficiente.

Mas uma coisa que é também evidente é que nem todos os bancos em Portugal constituem os depósitos desta forma composta, pelo que quando isso não acontece temos nós que o fazer, reinvestindo o capital e rendimento do mesmo, por vezes com vários depósitos em paralelo.

É muito importante ter presente o conceito do Juro Composto, sobretudo quando aliado com a poupança mensal, tal como referido inúmeras vezes no livro "O Homem Mais Rico da Babilónia".

O Homem Mais Rico Da Babilónia - Primeiras impressões

Já comecei a ler o livro “The Richest Man In Babylon” de George S. Clason e estou a ficar agradavelmente surpreendido. De início e sobretudo por ser uma obra clássica de 1926 estava um pouco cético em relação á validade ou aplicabilidade dos ensinamentos que continha.

A obra é um conjunto de contos passados na babilónia antiga ao jeito das mil e uma noites e sobre o qual o personagem se questiona porque é que não é rico e está disposto a aprender como o fazer.
Curiosamente, foi este o motivo que me levou a iniciar o blog, eu próprio me questionei e continuo a questionar e a tentar perceber se é algo que se aprende ou não.

O que é fantástico neste livro é que as orientações que apresenta são efetivamente muito práticas e fáceis de compreender, sobretudo quando colocadas dentro de um contexto próprio ou de uma história ou fábula que ajuda na sua compreensão.

Outra coisa que me agrada na obra é o facto de não só as orientações são pertinentes, como estão claramente enumeradas, e não são apenas escritas de forma implícita, existe mesmo uma lista dos melhores comportamentos financeiros a adotar.


A frase que é o mote para todo o livro “…parte do que ganhares é teu para guardar…”, com isto o personagem percebe que assim como pagamos a todos, seja a casa, o carro, agua, luz, gaz, televisão, etc, no final do mês temos de em primeiro lugar pagar a nós mesmos, resumindo poupança.

Uma orientação repetida indefinidamente ao longo do livro é “…por cada 10 moedas que ganhares, guarda 1 para ti e as restantes 9 para viveres…”. É reiterada sempre a ideia de poupança de 10% dos ganhos de forma disciplinada e sem desculpas, e inclusive no contexto do livro o autor ajuda a não termos desculpa e sugere que após um período inicial nos vamos adaptar e nem dar conta dessa diferença.

Isto é um ponto crucial para acumulação de riqueza, ou seja falamos aqui de uma coisa essencial que é a poupança e o consequente “investimento” da mesma num negócio ou em algo que traga rentabilidade e quando conseguirmos criar um efeito de bola de neve positiva é esse o caminho inicial para a prosperidade.

No livro quando se fala de investir vemos negócios de joias, de ouro, mercadores, etc, mas transpondo para a nossa realidade estaríamos a falar de outras coisas, como por exemplo instrumentos financeiros mais modernos, embora jóias e ouro possam também ainda ser válidos investimentos ou negócios, tema esse que abordarei de futuro.

Quando terminar vou tentar enumerar as ideias de forma clara e adaptada, pois inclusive já vi alguma dessa informação pela internet.




quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Sou quanto tempo rico?



Existe certamente quem tenha mais riqueza do que eu, mas apesar de tudo eu posso ter mais saúde financeira.

É possível ser mais disciplinado, ter poupado um pouco mais, ter contraído um pouco menos de divida em comparação com alguém com um nível de vida superior, mas que tenha mais dívidas ou despesas mensais.

No caso de um imprevisto a nível do emprego ou da fonte de receita quanto tempo duraria ou poderia subsistir mantendo exactamente a mesma qualidade de vida e suportando exactamente os mesmos custos mensalmente?

Posta a questão é evidente que podemos pensar em termos de riqueza absoluta e riqueza relativa, e o que acredito ser claramente melhor é mesmo ter muita riqueza relativa ao próprio nível de vida e ao próprio vencimento.

É evidente que poupar é são, e evidente é também não viver além das possibilidades. Claro que existirá sempre situações imprevistas, inúmeras variáveis a ter em consideração, mas enquanto princípio é sempre bom ter presente esta orientação.


Para melhor ilustrar o que quero dizer apresento uma tabela de 3 sujeitos em que claramente se pode identificar que o que ganha menos é o que iria durar mais tempo.



O Sujeito A iria durar 15 meses, o B quase 7 meses e o C tinha que ir trabalhar rápido!!!

No caso específico de Portugal e para muitos estes valores de remuneração podem não passar de um sonho distante ou difícil de alcançar, contudo é crucial salientar que a nossa atitude para a poupança e para com os gastos acima da nossa capacidade podem fazer toda a diferença a longo prazo.